Quem sou eu

Minha foto
Mossoró, RN, Brazil
Sou Padre Católico. Tenho moralidade, mas não sou moralista. Sou convicto, mas não sou intransigente. Tenho princípios, mas não sou fundamentalista.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

DIOCESE EM DIA

Diocese de Mossoró
diocese em dia
Sexta -feira – 25 de Maio.

Festa de Pentecostes – Capela do Divino Espírito celebra novenário.

A Capela do Divino Espírito Santo, no bairro Barrocas, da Paróquia de São José, está celebrando o novenário ao Divino Espírito Santo, em preparação a Festa de Pentecostes. O tema deste ano é : “Deixai-vos conduzir pelo Espírito Santo”; e o lema: “Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito”. Amanhã, sábado, dia 26 haverá, após a novena, um jantar de confraternização, e a meia-noite uma Missa de abertura da Vigília de Oração, presidida pelo Pe. Carlinhos. O encerramento será no domingo 27 as 17h com Missa Solene presidida pelo Bispo diocesano Dom Mariano Manzana.

Campanha da Fraternidade 2012 – recursos do gesto concreto serão entregues à Liga Mossoroense de Combate ao Câncer.

Na quarta-feira, dia 30 de maio, O bispo Diocesano repassará para a Liga Mossoroense de combate ao câncer, a coleta da solidariedade realizada no domingo de ramos em toda a diocese. Os valores adquiridos nos ofertórios das missas de todas as paróquias da diocese correspondem ao gesto concreto da Campanha da Fraternidade 2012. O bispo diocesano destina todos os anos, a coleta da solidariedade a uma entidade social que desenvolve trabalhos relativos ao tema da campanha da fraternidade daquele ano. Neste ano, durante coletiva à imprensa para anunciar a campanha, o bispo diocesano anunciou que a coleta seria entregue a Liga Mossoroense de combate ao câncer.

I Romaria Carismática – Renovação Carismática realiza romaria para o Lima.

A Renovação Carismática Católica realizará no dia 03 de Junho a I Romaria Carismática. A Romaria será realizada para o Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, na serra do Lima, Patu. O evento religioso contará com pregações, missa, orações, louvor e show religioso com a presença de Pe. Carlos César. Para confirmar sua presença faça contato pelo fone: 3314-1501 ou com a coordenadora do Evento pelo número: 9963-4339, com Adna. O dia 03 de Junho corresponde ao primeiro domingo do mês.

domingo, 13 de maio de 2012

Dia de Nossa Senhora. Dia da Mãe de todas as mães.

Maria , Mãe de todas as mães.

Mães felizes, Mães sofridas.

Aquela que acolheu o Verbo em seu Ventre e o ofereceu ao mundo, como Mãe de Deus, na ordem da Graça se tornou  Mãe de toda a humanidade. A dor feliz do parto contrasta com a dor dilacerante da Cruz. A Virgem Cheia de Graça é igualmente a Senhora das Dores. É Mãe de mães felizes que ladeada por seus filhos se realiza na vocação de uma maternidade graciosa. É mãe de mães sofridas que gemem na dor de seus filhos dependentes, se angustiam na seca que desafia a esperança, e desfalecem nos filhos vítimas da violência. A Senhora do Desterro que fugiu para proteger o divino rebento continua presente nas mães peregrinas que lutam pela vida ameaçada de seus filhos em uma sociedade materialista, consumista e relativista que descarta os próprios filhos.

A Virgem Mãe de Deus, como mãe de todas as mães, intercede por todas as mães que igualmente vivem o paradoxo da dor feliz do parto em contraste com a dor dilacerante da cruz de cada dia.

A Diocese de Mossoró intercede à Bem-aventurada e Sempre Virgem Maria por todas as mães e se associa de maneira particular aquelas que sofrem pela dor de seus filhos. Um feliz e abençoado dia de Nossa Senhora de Fátima e das mães para todos.

domingo, 29 de abril de 2012

DOMINGO DO BOM PASTOR - DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

14EU SOU O BOM PASTOR. CONHEÇO AS MINHAS OVELHAS, E ELAS ME CONHECEM.

          Neste quarto domingo da Páscoa a Igreja celebra o dia mundial de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas. Neste, chamado Domingo do bom Pastor, somos convocados como rebanho do Senhor a meditar sobre nossa vocação e interceder pelo surgimento de novas vocações na Igreja. Na imagem de Cristo Bom Pastor o seu rebanho se edifica; e na escuta de sua voz por meio de uma intimidade crescente as ovelhas discernem seu “lugar espiritual” na Igreja, e a missão própria a ser realizada no mundo.

            A vocação, sendo um dom de Deus, é fruto do discernimento que cada um faz na Igreja da escuta da Vontade de Deus para a própria vida. 14Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem. A Igreja, como mãe, tem o dever de educar os seus filhos no caminho do discernimento vocacional. A vocação diz respeito à identidade de cada pessoa, àquilo que somos e não podemos deixar de ser sob o risco de nos fragmentarmos e sermos estranhos a nós mesmos e ao mundo. O dom que Deus oferece é para a felicidade própria que será alcançada na realização de uma missão específica. Na medida em que acolhemos livremente a vontade de Deus em nossa vida por meio de uma vocação, nos dedicamos a ela, nos aproximamos da felicidade e da realização pessoal.

O Homem e a mulher somente se realizam quando descobre em Deus sua vocação e a vivem plenamente. A felicidade e a realização pessoal estão condicionadas à oferta que cada um faz livremente de si mesmo na vivência integral de uma vocação que se desenvolve no exercício de uma missão específica em cooperação com Deus. A vocação é ao mesmo tempo dom para a felicidade própria e um meio que Deus dispõe para a realização do seu Mistério de Salvação. Ao vivermos integralmente nossa vocação nos orientamos à felicidade por uma vida de cooperação com Deus na edificação do seu Reino.

            Sob a Imagem do Cristo Bom pastor e da Igreja como seu redil, entendemos que o ponto de partida de um bom discernimento vocacional está na escuta da Voz do Pastor, na Igreja, na vivência da unidade e comunhão. Em meio a tantas vozes que se manifestam dentro e fora de nós, numa sociedade barulhenta e inquieta, faz-se necessário crescer na intimidade com Cristo para poder distinguir lucidamente Sua Voz, não a confundindo com nossas vozes interiores e as vozes dissonantes da cultura. A Voz dEle é para o rebanho a voz fundamental a partir da qual o homem e a mulher se reconhecem e despertam para uma vocação na Igreja que será vivida numa perspectiva missionária, como expansão da missão de Cristo, pedra angular; aquela que sustenta o “edifício da vida humana”. Que o Senhor por meio do Seu Espírito fecunde nossa vocação e desperte no meio do seu rebanho, operários para a messe.


terça-feira, 24 de abril de 2012

Evangelho do Dia - 4º Feira da 3º Semana da Páscoa - Festa de São Marcos

Hoje a Igreja celebra a Festa do Evangelista São Marcos. João Marcos era Hebreu de origem, da tribo de Levi, e foi um dos primeiros discípulos de São Pedro, tendo sido por ele batizado na festa de Pentecostes. Marcos celebrava os Santos Mistérios quando o prenderam e com muita brutalidade o arrastaram pelas ruas da cidade, manchando todo o percurso com o seu sangue. Evangelista e Mártir. Em 815 foram as relíquias de São Marcos conduzidas para Veneza, onde ainda se encontra. O símbolo deste Evangelista é o leão. E o Evangelho que leva seu nome começa com estas palavras: "Voz daquele que clama no Deserto. Preparai os caminhos do Senhor".   O Evangelho de São Marcos narra na liturgia de hoje o envio dos discípulos por Jesus Ressuscitado, antes de sua Ascensão. Ao celebrar a Festa de São Marcos, vemos no Evangelho de hoje a missão dos discípulos. Jesus compromete os seus discípulos com o anúncio da Boa Nova e os investe de autoridade e poder. Aqueles que o Senhor chamou e formou em seu convívio, são enviados para realizarem no mundo o Reino de Deus. Os discípulos-missionários atuam no mundo como Igreja de Cristo, fazendo eco de sua Palavra, e atualizando o seu Mistério.

Os sinais citados no Evangelho são sinais daqueles que agem não em nome próprio, mas em nome daquele que os enviou, Jesus Cristo. Os discípulos de Cristo sabem que não falam em nome próprio, mas em nome daquele que os chamou e consagrou para a missão. Eles agem na autoridade de Cristo. É na autoridade de Cristo que os discípulos-missionários realizam a missão salvífica por Ele confiado à Igreja. A Igreja é “por natureza, missionária”. Contemplando hoje a vida e a dedicação de São Marcos somos chamados a nos deixar impelir como batizados, à missão. Também devemos assumir como nossa  a missão de anunciar a Boa Nova em todas as realidades: em nossa casa, no nosso trabalho, em nossos relacionamentos.                      

Precisamos dar testemunho da nossa fé por meio de uma presença ativa na sociedade. Não devemos nos deixar abater pelas dificuldades e pelos desafios que a cultura relativista do nosso tempo nos impõe. É justamente a esta realidade que nós somos chamados a evangelizar, comunicando ao mundo a Verdade que é Cristo. O que nós Cristãos temos para oferecer ao homem e a mulher do nosso tempo, marcados pelo desespero e pela falta de perspectiva, é o Mistério de Cristo, sua Morte e Ressurreição como paradigma de um novo tempo para uma vida nova, uma sociedade justa e solidária. No final do Evangelho o Senhor diz aos apóstolos que permanecerá com eles até o fim dos tempos. Confiando na promessa de Jesus de que não nos deixaria sozinhos na missão é que nos encorajamos, somos fortalecidos para enfrentar as adversidades do nosso tempo e os desafios de oferecer ao mundo o Mistério da nossa Fé.

sábado, 21 de abril de 2012

DA LAMENTAÇÃO E DO MEDO À ALEGRIA E A PAZ EM CRISTO RESSUSCITADO.





            Iniciando a terceira semana da Páscoa o Cristo Ressuscitado nos oferece mais uma vez a sua Paz. Depois de acompanhar dois discípulos no caminho para Emaús, aquecendo os seus corações e ceando com eles, Cristo  entra no meio do Apóstolos e comunica-lhes o Shalom: a plenitude dos bens messiânicos prometido por Deus ao seu povo na Antiga Aliança. A expressão usada por Jesus não é uma simples saudação cultural ou votos de uma paz psicológica em meio ao desânimo e ao medo. Como Judeus, os apóstolos sabiam bem o significado da “saudação” do Senhor: “a paz esteja convosco”. Deus não abandonou o seu povo, cumpriu a promessa feita aos patriarcas citados por Pedro na primeira leitura da liturgia deste domingo:  13“O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus”. Neste sentido entendemos que a Ressurreição de Jesus nos abre a perspectiva de um tempo novo, marcado não pela lamentação e o medo, mas pela alegria e a paz, como fruto do Mistério de Morte e Ressurreição de Jesus. A Paz que o Senhor oferece é fruto de sua oferta na Cruz e da força da ressurreição que brota dela. Corresponde a toda sorte de Bênçãos do Alto, que vindo de Deus resgata o homem de si mesmo, não o abandonando à própria miséria, mas resgatando sua dignidade e estabelecendo uma Nova e Eterna Aliança, realizada no tempo e na história, mas ultrapassando-os. Restabelece-se assim no Novo Adão, o vínculo de Amor entre Deus e o homem, rompidos no início dos tempos pelo pecado do Velho Adão.
Na segunda leitura, São Paulo nos adverte para a necessidade de vivermos este tempo novo como uma contínua conversão no sentido de permanecermos fiéis ao que Deus nos revelou e realizou em nós pela Ressurreição de seu Filho, e  pelo testemunho dos Apóstolos. Conservar em nossa vida o dom da ressurreição de Jesus para vivermos plenamente no Amor de Deus:  5aNaquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado”.  É neste Amor de oferta e resgate de nossa dignidade que somos chamados a encontrar força e ânimo para enfrentar as desilusões da nossa vida, e os temores de um futuro que não conhecemos, confiando na misericórdia e presença benevolente dAqule que está conosco e é a razão da nossa esperança. Como testemunhas deste Mistério, somos chamados a oferecer ao homem e a mulher de nosso tempo, marcados pelo desespero, a paz de Cristo Ressuscitado como um bem em favor do resgate da dignidade da vida humana, da real promoção dos povos e construção de um mundo novo. Como Cristãos, devemos ser promotores da Paz do Ressuscitado que fecunda nos corações humanos a coragem e a esperança de dias melhores. As inquietações do nosso tempo e a contínua busca exasperada do Ser humano pela felicidade só encontrarão respostas quando nos deixarmos encontrar e penetrar pela força do Mistério de Cristo, que “abre a nossa inteligência”, nos livra de nossas ilusões e desperta-nos para um horizonte novo de possibilidades. É Santo Agostinho quem nos lembra : “O coração do homem está inquieto até que repouse em Deus”. A Paz do Ressuscitado esteja com todos. Assim seja. Amém.

PÁSCOA: DOM DE DEUS E RESPOSTA DO HOMEM PARA UM MUNDO MELHOR.



  Vivemos espiritualmente como uma parábola da história da humanidade a trajetória da Quaresma rumo à Páscoa. Hoje, sacramentalmente ressuscitados em Cristo, somos chamados a ser sinal deste Dom de Deus, a Páscoa, como resposta humana no mundo, a uma sociedade fragmentada e submetida ainda a si mesmo, dilacerada em discórdias, e movida pelo culto narcisista, que ao contemplar a si mesma, fechada em sua finitude, perdeu a dimensão da transcendência, da eternidade. A Páscoa será realidade no mundo, quando o homem e a mulher se reconhecerem e reencontrarem sua identidade na face Deus, que revela em Cristo Morto e Ressuscitado aquilo que o homem é chamado a ser e viver, o que podemos e devemos ser. Reconhecendo-nos no Mistério de Deus abandonamos o culto ilusório e arrogante de nós mesmos para abrir-nos à nossa própria destinação, que ultrapassa os limites do tempo e da história, superando a nós mesmos, e reencontrando o nosso lugar no Mistério da Vida. 
   Como cristãos oferecemos a Cruz, negação do nosso egoísmo e oferta de nós mesmos, como caminho de Ressurreição em vista de um Mundo melhor. Deus nos oferece o dom da Cruz e Ressurreição de seu Filho, para que nEle submetamos o mal neste mundo como resposta de superação de nós mesmos e condição de participação em sua Vida Divina. Os ressuscitados em Cristo, somos chamados a responder com o “modus vivendi” próprio inaugurado por Jesus. Uma nova maneira de experimentar e relacionar-se com o mistério da vida, marcada não pelo egoísmo, mas por uma presença ativa na sociedade, como agentes dinâmicos da transformação do mundo; enfrentando com coragem o mal da miséria que fere a dignidade humana, do abandono de idosos nos hospitais, da pedofilia e abusos sexuais diversos que torna a sexualidade um meio de promiscuidade degenerando a consciência de indefesos e violando a integridade da vida; a corrupção que assola as estruturas sociais fragmentando-as e viciando-as, a intolerância política que fomenta a guerra extrapolando-se em genocídio; o fundamentalismo religioso que desvia a religião de sua natureza e finalidade próprias alienando o homem... A Cruz , como esforço pessoal e sinal de adesão a Causa de Cristo é condição “sine qua non” para a Ressurreição. Não há ressurreição sem cruz. Cruz e Ressurreição são dimensões de um Único e Mesmo Mistério, que chamamos Páscoa. 
    A esperança cristã da Ressurreição não está fundamentada num evento, numa experiência casual e aleatória; mas, num Acontecimento manifestado no signo da Cruz. Morte e Ressurreição de Cristo, são a certeza de que não estamos sozinhos, de que Deus não nos abandonou a nós mesmos; De que Ele está conosco e sabemos para onde caminhamos. Nossa esperança não nos engana por que fundamentada no Acontecimento da Páscoa de Cristo, nAquele que não nos engana. Longe de romantismo ou sensacionalismo estéril, a Páscoa nos faz acreditar não apenas em Deus, mas por isto, acreditar em nós mesmos, na humanidade, que um mundo melhor é possível e nós podemos realizá-lo. Deus não desistiu de nós, também nós não devemos desistir de nossa vocação à transcendência, do sonho de uma sociedade justa e solidária, onde o pranto dá lugar ao gozo, a rivalidade à fraternidade, o preconceito ao respeito à diversidade e acolhida sincera da alteridade, o egoísmo à solidariedade, a indignidade da miséria ao banquete da vida em abundância, a Treva à luz. Nada mais humanista ou humanizador que a experiência da Páscoa. Um caminho de libertação, verdadeiro progresso humano e social, como um contínuo mergulho e aprofundamento na Vida Divina, em vista de sermos nós mesmos em Deus, Divinizados nEle.
    Que a Luz da ressurreição do Senhor nos alcance nestes tempos sombrios e desafiadores, para que iluminados e ressuscitados nEle, seja renovada nossa esperança e nosso compromisso com o Mistério de Deus, com a humanidade, com nós mesmos, superando toda angústia e tristeza, para que um novo tempo se realize e a Vida se estabeleça, seja uma evidência irrevogável, inalienável, sendo Deus Tudo em todos e em todas as coisas.
Uma Feliz e abençoada Páscoa. “Nos combates honrados das lutas sofridas em tempos sombrios, renovadas esperanças para todos”. E que assim seja.